terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Oficina 14 - A Intertextualidade


No dia 20 de outubro mais uma reunião do gestar iniciou-de na Escola Municipal Deputado Abelard Pereira, município de Carandaí. Inicialmente fizemos a observação da imagem ao lado e cada cursista expôs o que via na imagem, a correlação entre as duas. Em seguida fizemos a leitura da fábula de Esopo "A raposa e as uvas" e logo depois lemos "A raposa e as uvas" de Millôr Fernandes. Discutimos os dois textos e juntos fizemos a interpretação de ambos os textos e chegamos ao assunto: intertextualidade. As relações existentes entre textos, o diálogo entre eles. O ponto de vista apresentado em forma de reescrita do texto, a presença da opinião nas interações humanas.
Repassamos os processos intertextuais que envolvem o texto inteiro:
  1. Paráfrase
  2. Paródia
  3. Pastiche

E os processos intertextuais que envolvem alguns elementos:

  1. Citação
  2. Epígrafe
  3. Referência
  4. Alusão

Discutimos as atividades desenvolvidas nas unidades 03 e 04 da TP1, tiramos dúvidas e apresentamos as atividades desenvolvidas com os alunos no avançando na prática destas unidades. Os cursistas apresentaram alguns textos que foram fruto da atividade da pág. 144. Reescreveram alguns textos conhecidos modificando a história. A professora levou recortes de jornal com notícias e os alunos as reescreveram dando um outro final, ou desfecho. A atividade foi desenvolvida com alunos de 8º e 9º anos.


Passamos para o acompanhamento dos projetos. A maioria estava sendo desenvolvido sem maiores problemas e os cursistas estavam satisfeitos com o desempenho dos alunos. Trocaram experiências e dúvidas. Finalizamos com uma mensagem "O menestrel".

Oficina 13 - Linguagem e Cultura


No dia 01 do outubro, mais uma reunião do gestar aconteceu em Carandaí. Como de costume fizemos a leitura compartilhada do texto "O vôo da asa branca" discutimos a evolução da língua e o quanto o processo de escolarização contribui para esse fim. O grupo discutiu também as atividades feitas em casa, apresentaram suas dúvidas e partilharam as experiências vivenciadas com a execussão dos projetos. Alguns desabafaram a dificuldade que estavam encontrando para desenvolverem o projeto, mas foram motivados pelos colegas a continuarem firmes.
Na foto, os alunos escolhendo livros para trabalharem o "Projeto Leituras", projeto desenvolvido com os alunos de 7º e 6º ano.

O estudo da TP1 trouxe uma nova visão do ensino da Língua Portuguesa trazendo o texto e a leitura para o centro das atenções. Nas unidades 1 e 2 uma das atividades que os cursistas mais desenvolveram com seus alunos de 8º e 9º foi a da página 23 "dicionário dos jovens". Os alunos gostaram de descobrir os significados de algumas palavras que usavam e muitas vezes nem sabiam o significado, algumas delas foram:
  • "Sinistro": Situação difícil
  • "Tô de bobs": Assustei


Oficina 12 - O processo de produção textual

No dia 26 de setembro realizamos mais uma reunião do Gestar II. Iniciamos a reunião com a leitura compartilhada de um texto intitulado "Mineirês". O texto reproduz a forma típica dos mineiros falarem. Falamos da importância de conhecermos a forma peculiar de cada região ou grupo falar e que existe uma diferença no falar e no escrever. Desenvolvemos uma atividade de reescrita de texto, todos reescreveram o texto e viram que a escrita "errada" era um recurso para tornar o texto engraçado, ao escrevê-lo corretamente o texto muda de objetivo. Eis o texto:


Quem for mineiro leia, quem não for tente:
Sapassado, era sessetembro, taveu na cuzinha tomano uma pimcumel e cuzinhano um kidicarne com mastumate pra fazê uma macarronada com galinhassada. Quascai de susto quando ouvi um barui vino de dendo forno pareceno um tidi guerra. A receita mando pô midipipoca denda galinha prássa. O forno isquentô, a galinha isprudiu!
Nossinhora! fiquei branqui nem um li di leiti.
Foi um trem doidi mais.Quascai dendapia! Fiquei sensabê doncovim, oncotô, poncovô. Oi procê. Qui locuraGrazadeus ninguém maxucô.

Os cursistas comentaram sobre as atividades das unidades 23 e 24 da TP6 e como foram desenvolvidos os Avançando na Prática em sala de aula. Todos os cursistas explraram bastante a forma peculiar do mineiro falar e juntamente com os alunos construíram um "Pequeno Dicionária da Língua Mineira", Título dado pelos alunos. Foi muito divertido, segundo os cursistas, trabalhar com esse tema. Os alunos ficaram empolgados em trazerem muitas palavras.

A coordenadora Pedagógica, Dilza, orientou os cursistas quanto ao desenvolvimento dos projetos e a maioria estava na fase inicial. O grupo optou por mais de um projeto. Sendo os Projetos:

  1. "Memorial de Leitura"
  2. "Jornal na Escola"
  3. "Viva a diferença"
  4. "Conhecendo bem para ajudar a escola"

Oficina 11 - Leitura e Processos de Escrita II




Retomamos as atividades do Gestar II em 16 de setembro. Partimos da Construção da argumentação fazendo a análise de várias imagens e das mensagens que as mesmas transmitiam. Reconhecemos várias formas de estratégias e recursos argumentativos presentes nos textos e que normalmente culminam no objetivo do texto.
Entramos na importância da diversidade de gêneros para trabalhar com a tese e os tipos de argumento vistos anteriormente pelos cursistas e discutimos as atividades da unidade 21 e 22 da TP6 e posteriormente passamos às atividades do Avançando na Prática desenvolvidas com os alunos. Os cursistas tiveram um pouco mais de dificuldades com as atividades de escrita (pag. 54), uma vez que os alunos, na sua maioria na gostam muito de escrever textos argumentativos, mas com o incentivo dos professores gostaram das atividades e passaram a desenvolvê-las de forma mais segura.
Fizemos a leitura compartilhada de um poema de Charles Chaplin "Quando me amei de verdade"
Identificamos a tese central de alguns textos de gêneros distintos e analisamos a qualidade da argumentação presente neles.
Analisamos alguns provérbios e a argumentação presente neles. Cada cursista reconheceu em cada provérbio a presença da argumentação.
  • "Quem tem boca vai a Roma."
  • "Devagar se vai longe."
  • "Antes tarde do que nunca."
  • "Quem quer tudo, tudo perde."

Os cursistas foram orientados a trazerem no próximo encontro o projeto que será desenvolvido.

sábado, 22 de agosto de 2009

Minha Avaliação do Gestar II

O curso é fantástico...
Mescla conteúdo e prática, traz novos conceitos, amplia o nosso conhecimento e é voltado às novas práticas pedagógicas necessárias ao ensino da língua portuguesa. Um ensino que prepara o cidadão a fazer uso da língua nas diversas situações cotidianas e das mais variadas formas. Os gêneros e tipos textuais estão aí, borbulham em nossa vida independente de sabermos interpretá-los. Cabe a nós, professores de língua portuguesa, adequarmos às novas práticas ao ensino da língua mãe afim de formarmos cidadãos capazes de fazer uso de textos, discursos e leituras nas diversas situações impostas pela sociedade de forma participativa e atuante.
valeu participar do primeiro módulo do Gestar II e de poder repassar aos cursistas de minha cidade - Carandaí-MG.

Oficina 10 - Coesão textual e Relações Lógicas

A oficina 10, última do primeiro módulo do Gestar II, aconteceu no dia 18 de agosto. Iniciou-se o curso com a leitura compartilhada trazida por um cursista. Todos participaram e após a leitura fizemos um breve comentário sobre o que foi o Gestar para nós.

Passamos a leitura de um resumo sobre a coesão textual e as relações lógicas. Fizemos comentários sobre a idéia de coesão e coerência textual, ambas estudadas na TP. A coesão do texto depende da coerência já a coerência não depende da coesão, uma vez que a coerência é o resultado da inter-relação do texto com o leitor.

Fizemos a troca de experiências a respeito das atividades aplicadas aos alunos e todos haviam optado pela atividade da pag. 196. Inicialmente observaram uma certa dificuldade por parte dos alunos em ordenar o texto, e por isso muitos dos cursistas refizeram a tividade, porém mostrando os elos de ligação, apresentando-os em outros textos. Optaram por duplas e aí, então, a tividade teve o resultado satisfatório.

Foi feita uma avaliação do primeiro módulo do Gestar e sintéticamente disseram que o curso foi muito válido e que conta com um material de grande valor. Alguns não esperavam muito, mas foram surpreendidos com o Gestar II. Dos cursistas que iniciaram o Gestar, apenas 1 parou, por motivos particulares.

Uma das imagens analisadas na oficina cuja a dupla interpretação gera o humos da tirinha. Também foram analisadas outras imagens e textos trazidos pelos cursistas que sofrem alteração no nível de coerência a partir da dupla interpretação e do conhecimento prévio do assunto e de palavras usadas no texto.

Oficina 09 - Estilística e Coerência Textual

A oficina realizou-se no dia 06 de agosto. Foram lidos alguns textos para chamar a atenção quanto aos estilos e características sonoras, ritmicas que maram alguns textos. A discussão sobre coerência textual foi bem animada. e todos ao final concordaram que a coerência de um texto é o somatório de informações implicitas e explicitas em texto que vão culminar com a sua coerência. O leitor é fundamental e tal resultado já que o seu conhecimento de mundo vai interferir no nível de coerência de um mesmo texto. Na oficina foi feita a dinâmica de montagem do Tangran - figura de um gato montada a partir de figuras geométricas - Foi uma dinâmica muito divertida e serviu para mostrar o quanto as "pistas" são importantes para compor um todo coerente. Desenvolvemos algumas atividades da Tp e fizemos alguns comentários.






Passamos a partilha das atividades desenvolvidas em sala de aula e foi possível perceber que alguns alunos têm dificuldades em reordenar o texto proposto e por esse motivo não gostaram da atividade. em uma outra turma a professora reproduziu a tirinha de Maurício de Sousa, fez as considerações sobre a graça estar no duplo sentido das palavras. Foi passado para os alunos uma tirinha que continha apenas o título, sem os diálogos originais. a professora fez um bom trabalho de analise das feições e ações dos personagens e o resultado foi bem legal.

Oficina 08 - A produção Textual

Pobre Pequeno Príncipe, perdido em pérfido planeta
Os destroços do avião do escritor e piloto francês Antoine de Saint-Exupéry, autor do livro "O Pequeno Príncipe", foram descobertos no litoral de Marselha, quase 60 anos após seu desaparecimento. Folha Online Mundo, 7.abr.2004 Como é fácil imaginar, a notícia de que o avião de Saint-Exupéry havia sido finalmente encontrado provocou grande comoção, sobretudo entre os fãs do escritor, ainda muito numerosos. De imediato, um comitê foi formado com o objetivo de trasladar os destroços do aparelho para um grande memorial a ser construído em Paris. Mas quando os encarregados da tarefa dirigiram-se ao local, uma pequena e pedregosa praia não distante de Marselha, tiveram uma surpresa.De uma gruta próxima emergiu uma figura estranha. Era um velho, talvez octogenário, talvez nonagenário, longa barba, cabeleira desgrenhada, vestindo farrapos. Empunhando uma espécie de pequena espada enferrujada, avançou na direção dos homens:- O que vocês querem? Deixem esses destroços aí. São do avião do grande Saint-Exupéry.O chefe da equipe, homem culto e educado, achou que estava diante de um maluco. Mas não perdeu a calma. Em tom conciliador, explicou que os destroços seriam levados para um lugar em que todas as pessoas, inclusive leitores de Saint-Exupéry, pudessem vê-los. O velho abanou a cabeça:- De maneira nenhuma. Os destroços do avião não saem daqui. Não enquanto Saint-Exupéry não retornar. Eu estou aqui à espera dele há 60 anos e ficarei mais de 60 anos se necessário.E subitamente enfurecido gritou:- Sessenta anos, vocês sabem o que é isso? Sessenta anos. Eu era um menino lindo, loirinho, quando vim para cá, diretamente do asteróide B 612, que vocês, aposto, nem conhecem. Agora sou um velho desdentado, reumático, um velho que passa o dia todo resmungando. Não tenho com quem falar, entendem? Não tenho com quem falar. Havia uma flor com quem eu conversava, uma bela flor, mas ela morreu há muito tempo. Havia também uma raposa, muito esperta, que me dizia coisas inteligentes; sumiu. Quanto ao Saint-Exupéry...Enxugou os olhos:- Não sei dele. Mas prometi a mim próprio que cuidaria dos restos de seu avião até que voltasse. E cumprirei minha promessa, custe o que custar.O chefe da equipe tentou de novo ponderar que aquilo não tinha sentido:- O senhor está vendo, o tempo passou, o mundo mudou...O velho olhou-o um instante e depois disse em tom de desprezo:- O mundo mudou? Não é isso o que eu vejo. O meu mundo continua o mesmo. É isso o que eu vejo, e eu é que estou certo. O senhor vê mal as coisas, amigo. O senhor não sabe que, como disse um escritor cujo nome já não lembro, o essencial é invisível para os olhos?Jogou sobre os ombros o rasgado manto que tinha nas mãos, colocou sobre a cabeça a coroa agora muito pequena, e lá se foi ele, o velho Pequeno Príncipe.
Moacir Sclyar


A oficina realizou-se no dia 14 de julho. Foi feita a leitura compartilhada da crônica de Moacir Sclyar. O texto inicialmente parecia uma notícia, porém com o desenrolar do texto e com o conhecimento da obra de Antoine de Saint-Exupéry, os cursistas foram percebendo que se tratava de uma crônica e da necessidade do conhecimento prévio. Fizemos a partilha do texto que chamou muito a atenção de todos por ser novidade.
Passamos a abordagem do tema escrita e todos partilharam a dificuldade de trabalhar, uma vez que nem todos os alunos sentem prazer em tais atividades. Foi uma longa discussão sobre escrever corretamente, sobre dom, e muito mais. Chegamos a conclusão que só se aprende escrever ESCREVENDO. Ainda lembrei de um pensamento, que não sabia de quem era, mas era pertinente ao tema: "A prática leva a perfeição".
Passamos a troca de experiências das atividades aplicadas em sala de aula e desta vez não foram unânimes na escolha. Cito a atividade do cartão postal, desenvolvida por uma das cursistas. Segundo amesma, todos conseguiram absorver o uso da língua dentro do contexto sociocultural. Conseguiram diferenciar situações em que devemos usar a língua formalmente ou informalmente. O avançando na prática da página 131 também foi citado e de acordo com os cursistas esta atividade feita em grupo traz maior aproveitamento.



Atividades desenvolvidas pelos alunos



Oficina 07 - Leitura e Processos de Escrita

A oficina 07 realizou-se no dia 03 de julho e contou com a presença de todos os cursistas. Foi lido um texto sobre as habilidades de leitura (As habilidades de leitura: Muito além de uma simples decodificação) da autoria de Mônica Garcia Barros. O texto abordou de uma maneira clara as etapas da leitura e trouxe para os cursistas um maior aprofundamento sobre o paralelo que há entre a leitura e o cotiano (conhecimento de mundo).
Também foi discutido o conceito de alfabetização e letramento, uma discussão prazerosa e enriquecedora.
A partilha das experiências foram feitas e todos trouxeram atividades de alunos que foram apresentadas. A maioria dos cursistas aplicaram em suas turmas a taividade da página 97/TP 04. Um poema de carlos Drummond de Andrade - Cidadezinha Qualquer - foi usado pela maioria dos cursistas e teve um resultado além das expectativas.









Oficina 06 - Gêneros Textuais

A oficina 06, referente a unidade 12 da TP 03, realizou-se no dia 18/06/2009. Todos os professores participaram e trouxeram muitas dúvidas quanto a aplicação das atividades. Foi feita uma abordagem do assunto através de um slide, baseado, nos estudos de Marcuschi. Todos ressaltaram a importância de atualização quanto as novas propostas e do quanto o material aborda as questões práticas e teóricas de forma objetiva e não menos enriquecedora.

O trabalho com gêneros textuais já estava sendo pauta de muitas das aulas de língua portuguesa, porém havia uma preocupação muito grande por parte dos professores de "teorizar" tais gêneos. A partir da oficina perceberam que é muito mais importante ficar no ambito da percepção e caracterização dos objetivos, partes, funcionalidade e aspectos formais do texto.

De acordo com a partilha das atividades desenvolvidas em sala de aula, foram muito bem aceitas pelos alunos que desenvolveram muito bem o que lhes foi proposto.

Em seguida passamos a explanação da próxima oficina. Foi proposta um atividade de sequências tipológicas. No início houveram algumas dificuldades, mas foram vencidas.

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Oficina 05 - Gêneros e Tipos Textuais

A oficina iniciou com a leitura compartilhada de um texto de Luiz Fernando Veríssimo - E todo mundo - Foi feita a partlha do texto e passamos a seguir para o comentário das atividades aplicadas para os alunos. O foco para a maioria dos cursistas foi a descrição. Troxeram algumas atividades desenvolvidas pelos alunos e expusemos num mural. Percebemos que muitos alunos não percebem os detalhes, mas de uma forma geral fazem a descrição baseada naquilo que é gritante. A atividade da seção 1 "Sequências tipológicas: descrição e narração", foi muito proveitosa na oficina e a maioria a desenvolveu em sala de aula. Alguns cursistas se valeram da oralidade para exemplificar e sentiram que os alunos quando solicitados a escreverem textos, têm muita dificuldade e se perdem, porém oralmente são muito mais detalhistas.

domingo, 17 de maio de 2009

Curso de Formação em Barbacena - MG

Várias cidades da região participaram do curso de formadores do Gestar II.

O Curso teve duração de uma semana com a colaboração e coordenação dos formadores da UNB - Universidade de Brasília. Foi um curso ministrado da Agrotécnica Federal de Barbacena, com a participação da SRE Barbacena DME.
Um curso muito bom, que trouxe-nos muito conhecimento.















Iniciou-se o Gestar II - Carandaí-MG



Nesta quinta-feira dia 14 de maio, iniciou-se em Carandaí-MG o Gestar II. Um programa de iniciativa do governo Federal para criação de uma nova Escola. Uma escola mais democrática e amorosa, que vise a autonomia e autorealização de cada aluno para uma participação mais ativa e dinâmica na sociedade em que vive. Que tenha como horizonte a justiça social, a felicidade e a emancipação da humanidade.
É um programa para os professores de Língua Portuguesa e Matemática das séries finais do ensino fundamental. Visa a construção de saberes essenciais e importantes para a vivência do educando na sociedade como cidadão crítico e participativo.
Em Carandaí, com o apoio do Departamento Municipal de Educação, a semente foi lançada e ao que parece os semeadores estão felizes e esperançosos com a colheita, uma vez que o material é rico e a boa vontade e motivação estão estampados nas faces de todos os envolvidos. São aproximadamente 18 professores das duas áreas. Como formador de Língua Portuguesa eu, Sílvia Regina de França Ferreira, estou otimista com a equipe e o mesmo diz a formadora de Matemática a professora Sheirla Gonçalves de Souza. Sob a coordenação pedagógica da especialista Dilza Aparecida Damasceno o grupo está interagindo e estudando o conteúdos das TPs para a ampliação de conhecimento e a melhoria dentro de cada área, visto que a oportunidade vem sendo pedida há tempos por nossos profissionais.
Caminharemos juntos e buscaremos juntos a formaçãos conjunta para o alcance de uma escola viva, de qualidade e participativa. Parabéns aos organizadores do curso e principalmente aos cursistas que abraçaram a ideia e estão de dedicando no estudo e nas oficinas.

terça-feira, 31 de março de 2009

MEU MEMORIAL DE LEITURA
Olhava as palavras e a curiosidade sempre vinha... Quanta letra reunida! Gostava de folhear livros que tinham gravuras para poder fingir que sabia ler. Com o livro nas mãos, criava, recriava, inventava, viajava. Era gostoso “ler”...
Na escola, a professora Ana Luiza trazia “a Caixa”. Vinha recheada de mundos, de contos, lendas, histórias, de livros. Como eu queria conhecer o mundo! Mundo que ia descobrindo através da leitura, e que ia entrando de fininho, bem devagarzinho.
De todos os mundos da leitura de minha infância, me encantei mais com os índios, e permaneci ali por bastante tempo. Conheci curumins que viraram estrelas; índia que virou lua; cacique que virou João-de-barro, e tantas outras lendas baseadas na força, na coragem e no amor pela natureza que os índios tinham. Tempos bons... Aprendia, lia, relia o mundo, viajava nas palavras.
Os índios me acompanharam e na construção dos meus saberes outros foram surgindo. Índios diferentes que buscavam o amor e lutavam por ele. Em mim, despertavam sentimentos, lágrimas, romantismo. Eram os conflitos da adolescência que permaneciam os mesmos, porém tão longe na linha do tempo... Ah, José de Alencar, como vou esquecer Peri, e Ceci? E Iracema e Martin? Seus romances me inseriram no mundo dos clássicos, e que clássicos!
O tempo foi passando, muitos autores fui folheando e a leitura passou a ser uma necessidade. Lia por gosto e com gosto. E a leitura tem gosto e cheiro, desperta sensações e emoções. Já senti gosto de muita coisa e o cheiro de tantas outras, no livro, e só se deixar levar, é só imaginar...
Veio a Universidade, um universo diferente. Conhecimento, formação, teorias. Às vezes era difícil, nunca fui de teorias, mas o tempo foi passando e eu, me alimentando do conhecimento. Curso de letras. Literatura, lingüística, teorias, autores, nascia o profissional. A professora de Língua Portuguesa. Mas a leitora, alí, deve ter tido alguma influência, tenho certeza disso.
Enfim, foram momentos de formação, momentos de distração. Ler para conhecer, ler para distrair. Mas creio que toda leitura distrai e toda leitura forma...E os índios? Será que ficaram para trás? Lá no início do caminho? Esquecidos? Não, me acompanham por onde vou, como tudo que até hoje li. Estão na minha bagagem que só se fechará quando desse mundo partir. Mas quem sabe lá também encontre leituras e releituras e até aqueles curumins que viraram estrelas... duvida? Eu, não... É só deixar levar e imaginar. E se são Pedro permitir, um livro há de ir junto comigo, e os índios também.